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Kit com 4 unidades de 50g cada.

OSE DUDU / SABÃO DA COSTA

–UTILIZAÇÃO E HISTÓRIA:

O Ose Dudu ou Sabão da Costa é muito importante, porque é um sabão muito usado nas ocasiões em que antecedem a qualquer tipo de banho ritualístico, e muito aconselhável usa-lo sempre, ao menos duas vezes por semana, excluindo-se às sextas-feiras, sábados e domingos, sendo utilizado antes de dormir, para descarregar maus fluídos adquiridos durante o dia, obtendo um sono tranqüilo.

De modo geral, o banho é feito desde os ombros até os pés, sem tocar na cabeça. Só se utiliza para lavar a cabeça com sabão da Costa juntamente com sabão de côco, quando desejamos aliviar a “mão” de alguém, que por ventura tenha colocado a mão na cabeça de uma pessoa. O sabão da Costa é utilizado na preparação inicial de okutás e utensílios de um “Ritual de Obrigação”, com a finalidade de eliminar todos os maus fluídos e larvas negativas, tornando os objetos virgens e purificados para receber o Àse (força do Òrìsà) à ser feito e assentado.

Alguns sacerdotes mais antigos ensinam que antes de qualquer tipo de serviço e na falta de banho de quebra, devemos usar o sabão da Costa, e que também aplicar sua espuma e deixar por alguns minutos em exumes e feridas que custam a fechar, depois realizar um serviço, principalmente em feridas, tirando a espuma com água fervida ou soro fisiológico, secando o local e colocando azeite de dendê (epô) morno, cobrindo o local com folhas de baga (mamoneiro) e amarrando as mesmas com fitas mimosa rosa e verde, repetindo o processo durante o dia quantas vezes for necessário, até completar 7 dias. Por volta do início do século XVI (1501), navegadores iberos, senhores dos 7 mares, passaram a designar toda a Costa Atlântica africana e seu interior imediato como COSTA e o que dali procedesse como DA COSTA. Segundo relatos da época, de Cronistas e Viajantes portugueses, o SABÃO DA COSTA era importado pelo Brasil desde pouco depois de 1620.

Conta-se que nessa época sabão o vinha embrulhado em "palha de bananeira". Era o preferido dos escravos e libertos. Ele era oriundo de uma área entre Gana e Camarões, e principalmente da Nigéria, da República do Benim e do Togo. Há praticamente 400 anos, garantem relatos de Cronistas e Viajantes da época. Porque SABÃO DA COSTA ? Porque é antigo. A palavra SABONETE é incorporada ao português somente na virada para o século 19 quando no Brasil “tudo” era "francês" e o "SAVONETE" dos franceses é aportuguesado. Antes disso era SABÃO mesmo. Mesmo os franceses continuam dizendo SAVON, os espanhóis dizem JABÓN (RABÓN) e os ingleses SOAP (SÔLP) e, portanto não deveria haver esse tipo de 'distinção'.

O SABÃO DA COSTA mantém o nome SABÃO por uma questão de tradição. O SABÃO DA COSTA é um sabão sólido, de cor pardo-escuro tendendo a preta, feito com ervas medicinais, e além de ser usado para descarrego, promove uma profunda limpeza corporal sempre que usado normalmente durante o banho, combate a caspa, cravos, espinhas, manchas escuras, coceiras e fungos do couro cabeludo além de controlar o mau cheiro produzido pelo suor. Ose dudu é o nome dado pelos africanos ao sabão da costa. Ao contrário dos sabões comerciais, que são feitos de produtos químicos sintéticos, o ose dudu é muito hidratante para a pele. A receita básica é secular, das antigas tradições, tendo sido transmitida ao longo de gerações. É feito de forma artesanal, não sendo encontrado em farmácias, somente em lojas específicas de produtos africanos, normalmente na forma bruta.

O Sabão preto é conhecido na África Ocidental por vários nomes, mas o mais comum é Ose Dudu, que é derivado do Anago ou línguas yorubá da Nigéria, Benin e Togo. Significando, literalmente, sabão (ose) Preto (Dudu). Embora conhecido como “negro”, o sabão preto Africano varia de um marrom claro ao preto profundo, dependendo dos ingredientes e modo de preparação. As cascas, folhas e vagens do cacau também são utilizadas para dar a cor característica. O óleo usado para fazer o sabão varia de região para região, e inclui óleo de palma, óleo de palmaste, manteiga de cacau e manteiga de karité.

Qualquer combinação destes ingredientes é possível, e é determinado como base. Além disso, o cloreto de potássio, que é usado para fazer sabão preto africano, pode ser derivado a partir das cinzas de várias fontes vegetais, incluindo frutos do cacau, cascas de karité, folhas de bananeira e os subprodutos da produção de manteiga de karité. O cloreto de potássio utilizado provém das cinzas de folhas de bananeira, resíduos de manteiga de karité e da casca de uma árvore local chamada Agow. A casca é colhida de forma a não prejudicar a árvore.

O processo de elaboração do sabão é altamente sofisticado e exige a agitação das mãos, por pelo menos um dia inteiro, e um estágio de maturação (cura), por duas semanas. O sabão pode ser processado por fusão, em fogo direto, com uma pequena quantidade de água. Durante esta fase de fusão, a textura do sabão se torna mais suave e há uma mudança de cor para um marrom chocolate.

O sabão derretido é então prensado em blocos, que podem ser cortados em barras para facilidade de uso. O sabão preto é comumente feito pelas mãos de mulheres das aldeias africanas, que fazem o sabão para si e para sustentar suas famílias. As mesmas mulheres que fazem sabão preto optam por usar apenas sabão preto em seus bebês, pois a pureza do sabão faz com que não resseque a pele. Na verdade, o sabão preto é geralmente o único sabão utilizado na maioria dos países do oeste Africano.

É uma fonte natural de vitaminas A, e ferro, ajudando a fortalecer a pele e cabelo. Por séculos, os ganenses e nigerianos têm usado sabão preto para ajudar a aliviar a oleosidade da pele, a psoríase, a acne, as manchas claras e vários outros problemas de pele. As mulheres africanas usam-no durante a gravidez, para mantê-las sem estrias.